Para se construir algo bom e forte, as bases têm que estar bem sustentadas e fundamentadas. E as nossas bases começam na família e na escola.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) irá lançar, em 2012, a cartilha contra homofobia nas escolas.
Ela contará com orientações aos governos sobre como enfrentar o preconceito no ambiente educacional. Além disso, há a recomendação de treinamento de professores para lidar com a questão e formulações de políticas específicas para atender estudantes LGBTs.
A UNESCO promoveu um encontro entre especialistas de 25 países no Rio de Janeiro, na semana passada, onde o assunto foi debatido.
O modo como ele é tratado nos colégios prejudica os estudantes homossexuais, levando ao baixo desempenho curricular, podendo causar a desistência, depressão e outras séries de fatores.
Pesquisa feita em 2009 no Brasil (pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) apontou que 87% da comunidade escolar têm algum tipo de preconceito contra homossexuais.
Por exemplo, em algumas escolas os guris não podem usar o banheiro masculino porque são gays e também não podem usar o feminino porque são homens. E do mesmo modo ocorrem com as gurias lésbicas.
Aí entram questões importantíssimas, como os pais que fecham os olhos e acham que os problemas são dos outros e não acontecem dentro da casa deles. Vão descobrir, mais cedo ou mais tarde que a homofobia existe sim e qualquer tipo de agressão que a criança sofrer terá conseqüência.
Outra questão, que provavelmente em breve entrará em discussão, são os colégios religiosos... precisa falar mais?
E a cartilha da UNESCO abre chance para o kit-gay entrar em vigor ou ser reformulado, dependendo. Já que a ordem do combate à homofobia vem de uma entidade gigante e com grandes poderes e não de um governo descentralizado.
Se as previsões estiverem corretas e tudo andar de forma harmoniosa, daqui alguns anos, pode ser que a homofobia exista ainda, mas em menores conseqüências e menores danos. Tudo dependerá também da luta constante e da educação dos que estão chegando.
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